A Secretaria de Meio Ambiente de Avaré se reuniu na terça-feira, dia 27 de julho, com integrantes do Comitê do Alto e Médio Paranapanema e outros especialistas para discutir a situação da represa de Jurumirim.
Para o secretário de Meio Ambiente, Judésio Borges, um racionamento consciente de energia elétrica seria a solução para a represa. “Economizando eu deixo de gerar energia elétrica e, deixando de gerar energia, eu deixo de defluir os reservatórios e crio um meio de trazer à vida novamente o reservatório e trazer todo o entorno, as áreas de preservação permanente que hoje estão fadadas ao insucesso”, explica.
De acordo com dados da Agência Nacional de Águas (ANA), o reservatório teve o pior mês de julho dos últimos 21 anos, e está com apenas 27,89% da capacidade.
Há pouco mais de duas décadas, durante uma das maiores crises hídricas enfrentadas pelo país, o volume de água no reservatório representava 18,33%, o que está prestes a se repetir, segundo especialistas.
Diante disso, a escassez de água fez com que algumas secretarias do município se reunissem para traçar uma estratégia emergencial.
O grupo técnico decidiu fazer uma sugestão a ANA, para que os reservatórios não operem com menos de 20% da capacidade e que, quando chegarem no volume de 25%, que sejam acionadas as termoelétricas.
Essa proposta foi votada na reunião e vai ser encaminhada durante a semana à Agência Nacional das Águas para aprovação.
Em nota, a empresa que administra o reservatório afirmou que vem adotando medidas para colaborar com todas as deliberações decorrentes da sala de crise do Rio Paranapanema, coordenada pela Agência Nacional de Águas, e reforçou que tem compromisso com o meio ambiente, com as comunidades onde atua, com o setor elétrico e com as leis brasileiras.
Já a Polícia Militar Ambiental pediu para que os moradores evitem a navegação no local e liguem para 193 em casos de emergência. A TV TEM entrou em contato com a Agência Nacional de Águas, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.
Com informações do G1