Doada em 2010 pelo Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop), a Usina de Tratamento de Resíduos Sólidos está abandonada, em Avaré.
Durante a sessão da Câmara, realizada na segunda-feira, dia 21 de março, o vereador Tenente Carlos Wagner (PSD), criticou a situação. “Estive visitando a Usina de Tratamento de Resíduos Sólidos, no Distrito Industrial, que estava em atividade até o início de 2017 e hoje está em completo estado de abandono. Os resíduos processados dessa usina são utilizadas para a recuperação das estradas rurais do município”.
No início de março, a fiscalização do Tribunal de Contas do Estado esteve visitando o aterro sanitário e, dentre várias irregularidades constatadas, foi apontado a falta de destinação desse resíduo sólido que é oriundo da construção civil.
Em visita a usina, que fica localizada no Distrito Industrial, o vereador Carlos Wagner constatou que os equipamentos estão se deteriorando, sendo que o mato alto já tomou conta da máquina. “O triturador está abandonado, não tem manutenção nenhuma e o mato está invadindo o equipamento, situação de total abandono”.
Para o vereador, o abandono da Usina seria uma demonstração da má administração do prefeito Jô Silvestre. “Isso é uma clara demonstração da má administração do nosso município, da má gestão do dinheiro público que está sendo jogado fora. A Prefeitura poderia ter feito uma Parceria Público Privada – PPP com empresas do nosso município, que poderiam ter investido para continuar dando destino aos resíduos sólidos da construção civil”.
“É inadmissível. O município recebeu esse equipamento do Governo do Estado, no entanto agora está em completo estado de abandono”, completou.
A Usina tinha licença de funcionamento junto à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) válido até o fim de 2021.
O equipamento foi doado em 2010, durante a administração do ex-prefeito Rogélio Barcheti, e demorou seis anos para ser inaugurada.
Atrasos na construção da base de sustentação e nas ligações de energia e água foram os motivos do adiamento da inauguração do triturador de resíduos sólidos.
O equipamento entrou em funcionamento somente em 2016, durante o governo de Poio Novaes e ficou ativa até o segundo semestre de 2017.
A Prefeitura chegou a publicar uma matéria no Semanário Oficial falando da importância do equipamento. “Único em toda a região, o triturador exerce papel fundamental dentro da estrutura de manutenção da Prefeitura. Não apenas estradas rurais são atendidas com o cascalho produzido pela máquina, trechos urbanos, não asfaltados, quando necessário, são reparados com o material produzido pela estrutura”, dizia a matéria na época.
Porém, o equipamento parou de funcionar e após 5 anos, o triturador continua abandonado pela administração pública.