O vereador Hidalgo Freitas (PSD) protocolou, na terça-feira, dia 20 de fevereiro, uma denúncia no Ministério Público sobre o que ele classificou como “caos” na educação de Avaré.
“Protocolei uma denúncia no Ministério Público para apurar o caos que se encontra a educação de Avaré, a falta de produtos de higiene, materiais didáticos, demora na entrega do uniforme escolar, a falta de estrutura, entre outros problemas que gente está acompanhando”, disse em um vídeo publicado nas redes sociais.
Na denúncia, Hidalgo destaca ter comparecido as escolas e creches municipais e constatado ausência de materiais pedagógicos, de limpeza e higiene em quantidades e qualidades para o atendimento adequado das unidades de educação.
O vereador relata ainda ausência de produtos e ingredientes da alimentação escolar, falta de estrutura adequada nas unidades escolares que, segundo ele, se encontram em péssimas condições, podendo ocasionar riscos aos estudantes e profissionais da educação.
Outro problema levantado pelo parlamentar é em relação ao transporte escolar, tanto na área urbana como na rural, além da demora na entrega dos uniformes escolares e materiais escolares. Segundo Hidalgo, escolas estariam distribuindo listas para que os pais e responsáveis adquiram os materiais escolares, o que seria uma obrigação do município.
No documento protocolado no MP, o vereador revela ter encaminhado diversos requerimentos para a Prefeitura requisitando esclarecimentos e providências sobre os problemas na educação, porém, segundo ele, nenhuma resposta foi encaminhada pelo executivo.
Hidalgo anexou a denúncia diversas matérias que foram publicadas na imprensa local, onde retratam sérios problemas na educação do município.
O vereador requereu ao MP providências urgentes para apurar as possíveis causas e responsáveis pela suposta violação ao direito à educação aos estudantes de Avaré.
PROBLEMAS – Em meio a uma série de problemas envolvendo a qualidade da merenda escolar e a estrutura das escolas municipais de Avaré, uma mãe utilizou as redes sociais para expressar sua indignação em relação às condições precárias oferecidas aos alunos da Escola Municipal Maria Theresa de Oliveira Picalho “Dondoca”.
Segundo a denúncia feita pela mãe identificada como V.M., os alunos estariam recebendo apenas bolachas como refeição na escola, em decorrência da reforma na unidade que obrigou a transferência temporária das aulas para a Faculdade Eduvale. A falta de um cardápio diversificado e nutricional, conforme previsto no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), gerou revolta e indignação por parte dos pais.
Em novembro de 2023, a escola Dondoca foi atingida pelo vendaval que gerou sérios danos a unidade. Porém, as reformas na unidade somente começaram em fevereiro deste ano, já no retorno as aulas.
Relatos de falta de merenda, estrutura precária e abandono de escolas e creches foram compartilhados por outros pais, evidenciando um cenário preocupante na educação pública da cidade. “Na escola do Paineiras é só pão com banana. Ano passado já reclamei na Secretaria de ensino, mas nada foi resolvido”, postou J.L.G.
Já a munícipe P.F. criticou a falta de atenção da Prefeitura com a Escola Evani Elaine Battochio Casolato, que fica localizada na Ponte Alta. “A escola da Ponte Alta está completamente abandonada pelo mato. Desde que as aulas acabaram o ano passado, até hoje não foram limpar a escola. Até cobra acharam dentro da escola. Já reclamei na Secretaria, mas até agora nada. Já não sei o que fazer”, desabafou.
A munícipe E.F. destacou que os Centros de Educação Infantil (CEIs), também estariam abandonadas. “Não são só as escolas, mas as creches também estão abandonadas, onde as crianças de 0 a 3 anos ficam o dia todo. Não tem alho, cebola nem para tempero das refeições frutas faz horas que não tem. Educação abandonada pela gestão do senhor Jô Silvestre”.
O A Voz do Vale questionou a Secretaria da Educação, por meio do setor de Comunicação da Prefeitura, sobre os problemas relatados pelos pais, porém, até o momento a pasta não se manifestou.