Os vereadores da base do prefeito Jô Silvestre rejeitaram, durante a sessão de segunda-feira, dia 18 de abril, três requerimentos do vereador Tenente Carlos Wagner (PSD) que solicitava informações e esclarecimentos da Mesa Diretora da Câmara de Avaré.
Um dos requerimentos rejeitados solicitava informações sobre uma funcionária da Prefeitura que assumiu o cargo do Controladora Interna da Câmara. Porém, segundo o vereador, o ato teria ferido normas do legislativo já que segundo o quadro estrutural, somente funcionários efetivos da Câmara poderiam ocupar a função.
“A senhora Magali é funcionária da Prefeitura e está lotada hoje na Câmara. No quadro estrutural da Câmara Municipal diz que o cargo de Controlador Interno deve ser ocupado por servidor efetivo do legislativo. Fiz o requerimento para ver se essa senhora tem o nível superior completo e obter outras informações, no entanto foi negado”, disse Carlos Wagner.
O vereador também solicitou que fosse fornecido o exame toxicológico de todos os vereadores, porém o requerimento também foi rejeitado. “Foi editado nessa Casa, recentemente, uma Lei Ordinária determinando que todos os vereadores se submetam ao exame toxicológico, só que tem que ser disponibilizado para todos os vereadores. O resultado de todos os meus companheiros eu vi, mas não tive acesso dos vereadores da base. Fiz o requerimento e os vereadores da base votaram contra”.
O terceiro requerimento rejeitado do vereador do PSD solicitava informações sobre o ato da Mesa Diretora que autorizou o pagamento de um abono para uma servidora do legislativo. “O ato 52 da Mesa Diretora regulamentou o pagamento no mês de dezembro/2021. Tem uma funcionária dessa Casa que, no mês de dezembro, recebeu R$ 25 mil. Tem que justificar (esse pagamento). O ato não está disponível no sistema e fiz um requerimento que também foi rejeitado pelos vereadores da base do prefeito”.
O vereador Tenente Carlos Wagner revelou, ainda, que alguns atos da Mesa Diretora não estão sendo publicados no site e no Portal da Transparência do legislativo.
Durante a palavra livre, Carlos Wagner apresentou uma matéria veiculada pelo jornal A Voz do Vale, que consiste na possível tentativa de venda da fazenda Silvestre, mesmo estando bloqueada judicialmente.
Ele questiona o porquê do prefeito pretender asfaltar a estrada vicinal da Barra Grande que passa “na porta” da fazenda, sendo que a mesma encontra-se em “ótimas condições e que para o acesso a Barra Grande tem à disposição dos munícipes a SP-245 que é totalmente asfaltada e segura”. Há outras estradas rurais em situações precárias, precisando de mais atenção que esta vicinal, e eu posso provar a vocês, por exemplo a estrada da Ponte Alta, a Água da Onça que dá acesso a Castelo Branco, via de escoamento de grãos”.
Para o vereador, o asfaltamento seria para beneficiar a família Silvestre, uma vez que a estrada a ser alterada passa em frente à fazenda, valorizando ainda mais sua propriedade.