Cautela. Esse é o pedido do vereador Flávio Zandoná (Cidadania) a Prefeitura de Avaré sobre a decisão da possível volta às aulas no município a partir de setembro. A preocupação do parlamentar foi demostrada durante a sessão da Câmara, realizada na segunda-feira, dia 3 de agosto.
Segundo Zandoná, caso volte as aulas, as crianças podem não respeitar o uso de máscaras ou, até mesmo, querer trocar com outro colega, o que pode gerar contaminação. Ele destacou ainda que a cidade ainda vem registrando casos de coronavírus.
“Peço cautela ao voltar as aulas em setembro. O perigo está rondando e temos que tomar cuidado. Avaré pode voltar ao vermelho e prejudicar o comércio e as aulas novamente”, destacou.
Para Zandoná, as aulas presenciais deveriam voltar somente em 2021. “Tem que tomar a maior cautela e se for voltar as aulas que volte em 2021, pois somente falta quatro meses para o fim do ano”.
Já o líder do prefeito Jô Silvestre na Câmara Municipal, vereador Coronel Morelli defendeu a volta às aulas bem como a reabertura do comércio em horário integral.
RETORNO – O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, voltou a dizer, nesta segunda-feira, dia 3 de agosto, que o retorno às aulas no dia 8 de setembro depende do aval da área da Saúde e do avanço no plano de retomada gradual da economia.
Em entrevista coletiva concedida no Palácio dos Bandeirantes, ele afirmou que uma reunião nos próximos dias deve dar mais “precisão” sobre o tema. “Falaremos sobre o calendário na sexta. Temos que consolidar para fechar o ciclo e falar com precisão. Até sexta de manhã estaremos em discussão. Temos um plano, que é uma data referência até 8 de setembro, que é se as condicionalidades forem obedecidas”, disse.
Rossieli também disse que os municípios têm autonomia na decisão de voltar com as aulas presenciais ou não. Mauá, no Grande ABC, já disse que não haverá retorno em 2020. “Os municípios têm autonomia, inclusive pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre abrir e fechar. Logicamente estamos trabalhando em conjunto para fazer um movimento conjunto entre as redes. Mas eles têm autonomia para isso, tanto para sim quanto para não”, afirmou.
Mais cedo, o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, disse que é “muito provável” que as aulas não voltem na capital no dia 8 de setembro. “Não há data ainda definida, o prefeito Bruno Covas já disse que as aulas na capital voltam apenas quando a (secretaria estadual de) Saúde entender ser seguro. Então se for dia 8, a saúde tem que dar a autorização, mas pode ser e é muito provável que não seja já no dia 8”, disse Caetano.
A confirmação da reabertura das escolas no dia 8 de setembro depende da permanência de todas as regiões do estado na fase amarela (fase 3) do plano de flexibilização da economia, o chamado Plano São Paulo, por pelo menos 28 dias. De acordo com o governo, todo o estado retomará as aulas presenciais no mesmo dia.