Em um vídeo postado em redes sociais, um paciente denuncia um suposto mau atendimento que teria ocorrido no Pronto Socorro de Avaré. O homem alega que teria sido tratado de forma indevida.
O homem destacou que chegou por volta das 14 horas de domingo, dia 19 de julho, no PS local, com falta de ar. Ele revela que foram que os exames apontaram a presença de água e uma mancha no pulmão. O paciente elogiou o atendimento na sala de urgência no Pronto Socorro e disse que os problemas ocorreram no setor de observação do local, onde foi transferido na manhã de segunda-feira, dia 20.
“Na sala de observação é que aconteceu o terror, o descaso. Eu foi pedir água, pois ele não oferecem, somente na tarde de segunda. O café da manhã foi servido às 10 horas, acredito porque eles deixam os pobres por último. Tem duas enfermeiras que pra mim não fazem nada, não amam o que faz”, disse no vídeo.
Ele criticou o atendimento médico e da equipe de seguranças que trabalham na unidade. “O médico não passou para me ver hoje (segunda) e a gente corre risco lá. Fiquei aguardando o resultado da mancha no pulmão e nada. Fui fazer uma chamada de vídeo para meus filhos e um segurança ignorante veio gritando. Tentei explicar, mas ele não deixou. Todos os disciplinas entraram lá e quase bateram em mim”. “É um descaso o Pronto Socorro e pra mim não presta”, completou.
Ele revelou que pediu para receber alta médica, pois não queria mais permanecer na unidade. “O disciplina ameaçou eu e disse que eu não seria paciente por muito tempo. Todos eles, inclusive um enfermeiro foi ignorante. Me trataram com descaso”.
OUTRO LADO – A Secretaria Municipal da Saúde emitiu uma nota informando que o atendimento prestado ao paciente A.T.C teria ocorrido dentro da rotina médica e administrativa que o caso necessitava.
Segundo a pasta, o paciente deu entrada no PS no último domingo, dia 19, apresentando falta de ar e foi encaminhado para a sala de urgência respiratória, sendo submetido a exames de raio-X e tomografia. Em seguida, foi coletado material para o teste rápido para Covid-19 cujo resultado deu negativo
Diante das imagens captadas pela tomografia, a equipe médica do PS optou por transferir o paciente da sala de urgência respiratória e encaminhá-lo para o setor de observação até que o laudo dos exames de imagem fosse finalizado e o caso seguisse o curso de rotina: alta médica com posterior avaliação ambulatorial ou internação na Santa Casa de Avaré para outros procedimentos.
A Secretaria ressalta que o paciente teve alta a pedido, ou seja, ele teria saído do PS porque quis e não aguardou o laudo médico e a decisão sobre o prosseguimento do tratamento.
Conforme o próprio paciente reconhece, todos os atendimentos a ele prestados durante sua permanência no Pronto Socorro teriam ocorrido dentro da mais absoluta normalidade.
Quanto à alimentação (dieta) que, segundo o paciente, demorou a ser disponibilizada nos períodos da manhã e almoço, a Secretaria Municipal da Saúde vai comunicar o fato à direção da Santa Casa de Misericórdia de Avaré, responsável pelo serviço conforme contrato de terceirização firmando com a Prefeitura.
“Quanto as eventuais intervenções abruptas reclamadas pelo paciente que teriam ocorrido por culpa de parte da equipe do PSM, a Secretaria da Saúde esclarece que, durante sua estadia no setor de observação, o paciente foi advertido várias vezes para não deixar o setor e que permanecesse em seu leito”, destaca a nota.
Ainda segundo a Secretaria de Saúde, o paciente teria ignorado, por diversas vezes, a orientação e, ao deixar o leito novamente para fazer a gravação em vídeo que divulgou nas redes sociais, foi interpelado pela equipe de seguranças do Pronto Socorro para que observasse as ordens médicas e da enfermaria, sendo vedado qualquer tipo de gravação no interior da unidade sob o risco de expor indevidamente pacientes e profissionais.
“A Secretaria Municipal da Saúde reitera seu compromisso de levar a toda a população um serviço de saúde de qualidade, prezando pela eficiência, mas esclarece que, para que esse compromisso avance, é preciso a colaboração dos próprios pacientes durante os procedimentos realizados nas unidades”.
SINDICÂNCIA – Mesmo com a nota divulgada pela Secretaria de Saúde, o prefeito Jô Silvestre afirmou, em sua página em uma rede social, que uma sindicância será instaurada para analisar o caso.
O A Voz do Vale noticiou na última semana que uma médica do PS foi condenada a pagar R$ 15 mil a um paciente por danos causados durante um atendimento. Diversos munícipes vem se utilizando das redes sociais para denunciar casos de mau atendimento no Pronto Socorro local.
Matéria atualizada às 15h58.