A decisão do governador João Doria , de sexta-feira, dia 17, em prorrogar a quarentena no estado de São Paulo por causa da pandemia de coronavírus até o dia 10 de maio, gerou indignação do presidente da Associação Comercial e Industrial de Avaré (Acia), Cássio Jamil.
Para ele, a medida do governador será trágica para o comércio. A decisão é válida até o dia 10 de maio, data considerada a segunda mais importante para os comerciantes. Na data é comemorado o dia das mães.
“Era tudo que nós não queríamos. Essa decisão do Dória de prorrogar a quarentena é uma tragédia para o comércio. A segunda melhor data do comércio é o dia das mães e essa prorrogação vai até o dia 10, bem na data comemorativa”, disse durante entrevista a Rádio Paulista.
Para Cássio, diversos comércios vão quebrar, o que deverá gerar mais desemprego na cidade. “Foi à maior pancada que o comércio legou e ele (Doria) foi muito infeliz nesta decisão. Ele está contrariando todas as lógicas e os interesses do empresariado paulista, porque vai haver uma quebradeira, um desemprego maciço. É irracional esta atitude de querer manter fechado o comércio”. “Alguns países estão flexibilizando e o Doria resolve prorrogar isso. É um desastre para o comércio e para a economia”, completou.
O presidente da Acia pediu sensibilidade do prefeito Jô Silvestre em flexibilizar o decreto que determinou o fechamento do comércio. “A gente não sabe como vai ficar em Avaré, pois de acordo com a decisão do STF, o governo do estado e as prefeituras têm prioridade em decidir no que pode funcionar ou não. A gente apela à sensibilidade das autoridades municipais no sentido que o comércio não tem como se segurar mais. As pessoas estão desesperadas. Tem gente encerrando as atividades (da empresa), gente demitindo”.
Cássio chegou a dizer que a prorrogação da quarentena deverá gerar manifestações. “Por favor. A gente pede as autoridades municipais que revejam essa prorrogação. Tem um monte de cidade que está flexibilizando, seguindo normas da Vigilância Sanitária. Se não fizer isso a quebradeira será sem precedentes. O comércio precisa de uma flexibilização maior. O estado inteiro está se mobilizando e haverá grandes manifestações”, finalizou.