Os membros da Mesa Diretora da Câmara de Avaré realizaram, na tarde de terça-feria, dia 8 de agosto, uma coletiva de imprensa para falar sobre polêmicas envolvendo o legislativo.
Participaram da coletiva os vereadores: Tenente Carlos Wagner (presidente), Luiz Cláudio Despachante (vice-presidente), Adalgisa Ward (1ª secretária) e Isabel Dadário (2ª secretária). O vereador Hidalgo de Freitas também esteve presente no plenário.
Durante o encontro, o presidente do legislativo falou de possíveis fraudes que teriam ocorrido na Câmara.
Uma delas envolve a ex-diretora da Casa de Leis, Ádria Luzia Ribeiro de Paula. Segundo Carlos Wagner, Ádria teria participado de uma fraude envolvendo o ponto eletrônico do legislativo. O caso foi encaminhado a Delegacia Seccional de Polícia de Avaré.
Segundo o presidente, o fato teria ocorrido no dia 31 de julho, onde uma funcionária teria “batido” o ponto no lugar da então diretora Ádria de Paula.
Ainda segundo Carlos Wagner, ao ver as imagens das câmeras de segurança, ele verificou que uma funcionária havia entrado em serviço às 8h16 da manhã. Porém, às 8h34 ela teria batido o ponto da diretora.
Questionada, segundo o presidente, a servidora, que estava emprestada da Prefeitura ao legislativo, teria chorado e revelado que ela fez o procedimento a pedido de Ádria de Paula.
Ao saber do que estava acontecendo, a diretora teria ido ao legislativo e solicitado ao presidente que descontasse o dia de trabalho dela.
Devido a gravidade do fato, a funcionária teria assinado um documento revelando todo o fato. A servidora foi desligada da Câmara e encaminhada a Prefeitura.
Na quinta-feira, dia 3 de agosto, após a eleição da nova Mesa, a diretora da Câmara foi exonerada do cargo.
O caso foi encaminhado para a Delegacia Seccional de Polícia de Avaré que já teria iniciado os procedimentos para investigar o caso.
OUTRO CASO – Ainda durante a coletiva, após ser questionado, o presidente da Casa de Leis informou a possibilidade de ter ocorrido outra fraude na Câmara de Avaré, ainda durante a gestão da antiga Mesa Diretora.
Segundo o parlamentar, a antiga Comissão de Constituição, Justiça e Redação – CCJR teria arquivado um projeto de doação de área para uma empresa no Distrito Industrial de Avaré, se baseando em uma denúncia que havia sido protocolada na Câmara em nome dos Vigilantes da Gestão Pública.
A denuncia teria sido protocolada no legislativo por um motoboy. Intrigado com a situação, o vereador Tenente Carlos Wagner, que é Policial Militar, conseguiu localizar o motocilcista, na qual teria informado quem mandou ele entregar o documento na Câmara Municipal.
Diante da informação, o vereador constatou que o denunciante seria um funcionário do legislativo e que a denúncia, supostamente forjada, teria sido protocolada com o intuito de arquivar o projeto de doação de área para a empresa.
Diante da situação, o vereador Carlos Wagner, encaminhou o caso para a Delegacia Seccional de Polícia de Avaré, que já está ouvindo os envolvidos, sendo que o relatório final da investigaçã deverá sair nos próximos dias.
O A Voz do Vale deixa o espaço aberto para publicar o posicionamento dos envolvidos.