Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Saúde de Avaré informou que a servidora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que testou positivo para Covid-19 não teria trabalhado nos setor após ter procurado atendimento médico.
A Secretaria destaca que no feriado de páscoa, entre 10 e 12 de abril, a servidora esteve em Marília onde residem seus familiares. Já entre os dias 13 e 15, a servidora, sendo a pasta da Saúde, “não trabalhou por recomendação médica”.
Ainda segundo a nota, no dia 16, a psicóloga se reapresentou na unidade “devidamente paramentada, utilizando os Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) necessários e obrigatórios a todos os servidores do sistema de saúde municipal, não mantendo durante o turno de serviço, contato direto com pacientes e demais colaboradores, até porque não há atendimento ao público na unidade, apenas serviços internos”.
Já no dia 17 de abril, um dia após ter retornado ao serviço, a servidora não teria comparecido ao expediente e procurou atendimento médico.
POSITIVO – A funcionária teria procurado um laboratório particular de Avaré, foi colhido material para a realização do teste rápido para Covid-19. O exame foi pago por ela.
Segundo a Secretaria de Saúde, após o atendimento, “a servidora foi orientada a se afastar do trabalho sendo expedido novo atestado médico. Portanto, não houve retorno da servidora ao CAPS após esta ter procurado atendimento médico em Avaré”.
No dia 20 de abril, o resultado positivo para Covid-19 do exame foi informado à servidora que, desde então, “permanece em isolamento domiciliar até que ocorra sua alta médica”.
A Secretaria da Saúde destaca que o caso estaria sendo usado de forma política. “Afirmar que seria necessária a interdição do CAPS mantendo os seus servidores em isolamento nada mais é do que prejulgar, sem conhecimento técnico para tal, dezenas de pessoas e familiares sem o mínimo fundamento técnico/científico”.
A pasta afirma ainda que “profissionais da Saúde são preparados para atuar neste campo e total autonomia para exercer suas prerrogativas e, segundo protocolo do Ministério da Saúde, os testes rápidos para profissionais da saúde só podem ser realizados após estes apresentarem sintomas, não apenas pelo simples contato”.
“Importante consignar que os profissionais da área estão posicionados na linha de frente de combate a pandemia mundial, sendo obrigatória a utilização de paramentos de proteção individual durante sua jornada de trabalho”, finaliza.
A nota da Prefeitura contrapõe funcionários que estariam preocupados, pois tiveram contato com a servidora dias antes dela testar positivo para o coronavírus. A preocupação é que eles estejam com o vírus, o que necessitaria de um isolamento. Pacientes que também tiveram contato com a psicóloga estariam preocupados com a situação.
Em entrevista ao Jornal In Foco, o secretário da saúde, Roslindo Machado, afirmou que neste primeiro momento não era necessário testar os funcionários e as pessoas que tiveram contato com a profissional.