A vereadora Adalgisa Ward (PSD) concedeu, nesta quinta-feira, dia 7 de janeiro, uma entrevista exclusiva ao Jornal Cidadania Notícias, que vai ao ar pela Rádio Cidadania FM (104,9) e também no Facebook. A parlamentar contou detalhes dos bastidores da eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Avaré e afirmou que foi traída.
Adalgisa revelou que não pretendia concorrer à presidência do legislativo, mas acabou sendo convencida pelos demais vereadores eleitos pelo PSD: Dr. Hidalgo, Luiz Cláudio e Tenente Carlão. “Não tinha pretensão em se candidatar como presidente da Câmara, mas foi convencida pelos pelas vereadores eleitos pelo PSD e depois de conversar com minha mãe, eu acabei aceitando”.
A vereadora falou também de integrantes do PSD não ligados a direção do diretório municipal procuraram ela e queriam participar das reuniões, mas que, em determinado momento, os demais vereadores solicitaram que elas não participassem mais dos encontros.
Essa intervenção dos integrantes, aliás, quase rachou o partido. “Eu fui procurada por dois membros do PSD e me disseram que fazia parte do diretório e queriam me ajudar e eu aceitei. Mais os outros 3 membros não quiseram mais se reunir com elas presentes. Conheço as pessoas, mas não como políticas e não chamei elas mais para as reuniões”.
Ela disse que a decisão do PSD em ter candidato à presidência não soou como arrogante, pois o partido teve mais vereadores eleições. “Não achei que o PSD foi arrogante. O partido fez 4 vereadores e nada mais justo de apresentar um candidato à presidência (da Câmara)”.
Adalgisa disse ainda que procurou todos os partidos, que até o momento eram oposição, e que havia acertado o apoio de 7 vereadores. “Procurei todos os vereadores de outros partidos e fizemos reuniões e disse que estava pleiteando ser presidente. Até o dia 30 de dezembro estava tudo acertado e eu tinha os 7 votos necessários”.
A Mesa Diretora acordada seria composta por Adalgisa Ward (presidente), Tenente Carlão (vice-presidente), Ana Paula (1ª secretária) e Bel Dadário (2ª secretária). “Fizemos outras reuniões e a Ana Paula veio com a Érica e ela assistiu como ficaria a composição da Mesa Diretora e ficou tudo acertado. Depois dessa reunião não consegui mais falar com a Ana Paula, não atendia mais os meus telefonemas e tudo tinha ficado acordado”.
A vereadora admitiu que o partido errou ao não esperar possíveis traições. “No dia eu acho que nós (PSD) erramos, pois já devíamos esperar isso, que me abalou muito. Foi uma vergonha. Fiquei com vergonha de ver uma mulher mudar de uma forma absurda. No dia da votação entrou no plenário a Ana Paula, cercada pela Érica (Alves) de um lado e o Danilo (presidente do Republicanos) do outro, quando guarida e neste momento eu disse que perdemos (a eleição). Mesmo assim fui falar com ela e a Érica me disse que a Ana Paula estaria nervosa e que não poderia falar. Voltei para o grupo e expus isso. Queria entrar para fazer um trabalho sério, que a população iria gostar”.
Sobre o Cidadania, a vereadora disse que desde o início Flávio Zandoná disse que não a apoiaria, mas ela revelou não esperar que o agora presidente da Câmara tivesse uma mudança de postura, já que passou os 4 primeiros anos criticando a administração de Jô Silvestre. “Gosto muito do Flávio, mas o que ele fez é inaceitável”. “Eu não aceito isso. ‘Tô’ decepcionadíssima com o Flavio, dele ficar do lado de quem ele tanto criticou. Teve muito conchavo em troca de favores. Temos que acabar com isso”.
Jô Silvestre, segundo ela, não queria que os vereadores a apoiassem e teria declarado que era para fazer de tudo para que a parlamentar não fosse eleita presidente. “Fiquei sabendo que o prefeito não me queria como presidente e pra mim, isso me deixou enojada, essas trocas de favores. Se o prefeito não me quis, é porque não quer a coisa correta”.
PSL – Sobre o PSL, Adalgisa revelou que o presidente do partido, José dos Santos Callado Neto, teria se reunido com ela. Segundo a vereadora, ele teria dito que o PSL votaria nela, mas teria declarado que gostaria que sua esposa, Ádria de Paula, voltasse a ser a diretora da Câmara.
“A Bel Dadário me disse que o presidente do PSL (José Callado) queria falar comigo e foi até minha casa. Ele me pediu que colocasse a esposa (Ádria) como diretora da Câmara. Eu disse que não teria nada contra ela, mas que não podia prometer cargos. No dia 31 de dezembro recebi o telefonema dele, porque teve uma reunião com o Flávio e foi prometido que colocaria ela (a Ádria) como diretora. Eu disse pra ele ficar à vontade. Nunca foi participar de esquemas, pois eu não faço parte da política suja. Essa política do tomaladacá é vergonhoso. Estou decepcionada com essa política”, disse.
Adalgisa parabenizou a vereadora Bel Dadário que não seguiu as orientações do partido e votou nela como presidente. “No dia da votação, antes da eleição, a Bel Dadário disse que votaria contra o pedido do partido e que votaria em mim. Eu fiquei muito feliz”.
REPUBLICANOS – Sobre o Republicanos, partido que teve como candidata a vice-prefeita Érica Alves, ao lado de Denílson Ziroldo, Adalgisa disse que ficou decepcionada com a vereadora Ana Paula, que tinha acordado em votar nela, mas que no dia da votação votou em Flávio Zandoná e com a base do prefeito.
“Fiquei com vontade de levantar e dar um ‘tapa’ na cara dela, porque eu sou muito direta nas coisas. O sentimento foi de traição. Essa mulher acho que não vai ter coragem de olham na minha cara. Foi um tapa na minha cara”.
Adalgisa revelou ainda que não queria votar em Roberto Araújo como vice-presidente. “A gente não estava preparado, pois estava tudo certo. Acabamos não tendo candidato à vice-presidência e eu não queria votar no Roberto Araújo, porque passou os 4 anos e ele dizia que eu era mentirosa, coisa que eu não sou”.
Ela disse ainda que se sentiu traída, mas que o caso fortaleceu o grupo de vereadores do PSD. “Me senti traída, pois disseram que iriam fazer parte de tudo e mudaram na hora. Eu vi a vergonha que é Avaré. As pessoas pensam em cargos. Esse fato fortaleceu muito o grupo do PSD”.
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