O secretário municipal de Saúde, Roslindo Wilson Machado, esteve participando da audiência pública realizada na manhã de quinta-feira, dia 3 de março, na Câmara Municipal de Avaré. A audiência foi presidida pelo vereador Tenente Carlos Wagner (PSD), que fez diversos questionamentos.
Um dos questionamentos foi referente aos direitos que alguns agentes de saúde estariam cobrando da Prefeitura. Em sua resposta, Roslindo Machado criticou os profissionais, afirmando que eles somente saberiam reclamar.
“Os agentes de saúde só sabem reclamar, só sabem seus direitos. Eu gostaria de lembrar muitos deles os deveres, porque é uma verdadeira maratona para que eles façam o serviço que eles deveriam estar fazendo. Não é 100%, mas é bastante gente que não cumpre com o que deveria estar fazendo”, disse.
Sobre a falta de medicamentos, o secretário jogou a responsabilidade para os departamentos de licitação e compras. “Sobre a falta de medicamentos, acho que esses questionamento teria que ser feito na licitação e no departamento de compras, porque dá Secretaria os pedidos são todos encaminhados, agora o que está acontecendo lá eu não sei. Quando as cotações eram feitas pela Secretaria da Saúde não existia esse tipo de problema. A nossa parte nós fazemos”, disse.
Questionado sobre o funcionamento noturno de farmácias da rede municipal, Roslindo afirmou que, no momento, a Prefeitura está carente de farmacêuticos, profissionais necessários para o funcionamento.
SAMU – Sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o secretário recuou e disse que o Samu está funcionando normalmente e que não iria sair de Avaré.
“O Samu está funcionando normalmente. No ano passado houve toda uma polemica completamente desnecessária. O que se falou no passado não é que Avaré iria acabar com o Samu. Avaré deixaria se continuasse do jeito que estava, deixaria de participar do Samu. Foi feita a correção do que estava errado, os municípios entenderam o erro deles e foi feita a distribuição per capita”.
Para Roslindo Machado, as mais de 23 mil pessoas que não compareceram para completar o ciclo vacinal da Covid, não teriam comparecido por desleixo.
“As pessoas faltosas não compareceram por desleixo. Não tem como ir na casa avisar. Coloquei funcionários para entrar em contato com os faltosos e a grande maioria, sem educação, ainda respondeu com descaso, com deboche. A semana passada fomos no comércio e quem não está indo se vacinar é porque realmente não quer. Não estão indo por desleixo”.
A vereadora Adalgisa Ward (PSD) também participou da audiência. Ela pediu que o secretário reenvie o projeto de aumento salarial de toda a classe dos profissionais de saúde do município e não somente para a classe médica.
A vereadora questionou do porquê de alguns postos de saúde estarem fechados. Roslindo informou que vários funcionários teriam se contaminado pela Covid e que assim que estiverem recuperados, as unidades deverão voltar a funcionar normalmente. “Funcionário foi afastado por estar contaminado. A partir do momento que eles forem liberados para o trabalho, nós vamos voltar eles cada um no seu lugar”.
Adalgisa destacou que as cobranças são feitas pela população e que os vereadores não estariam contra a Secretaria de Saúde. Em alguns momentos, Roslindo se mostrou incomodado com os questionamentos da vereadora.